sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sob estrelas


Há noites, em que ao olhar para o céu você se depara com com brilho infinito de cada estrela.
Algumas noites são tão gélidas e escuras que por mais que tente, tu nunca vai poder enxergar uma única estrela se quer. Por mais que busque ver a beleza, teus olhos só poderão ver escuridão, nem sempre tu verás a vida com bons olhos, ou vai sorrir pelos meros motivos banais...
Nem por isso tu tem que deixar buscar a beleza, não importa o quão escuro a paisagem te pareça, ou se as folhas e tudo mais que deveriam estar verdes, hoje te parecem secas. Deves apenas sentir... não importa que digam que as flores murcham ao teu toque, apenas não desista de colhe-las.
As estrelas, elas sempre estarão no céu mesmo que por um momento não sejas capaz de vê-las, e quanto a escuridão...apenas abra seus olhos e permita-se ver a luz. Nada é tão ruim que não possa melhorar e virce versa, no fim, é nisso que consiste a graça de estar vivo, mesmices só te fariam desistir mais fácil. Então para de reclamar, porque ninguém vai te ouvir hoje.

Esse tal silêncio


Mais uma vez, o silêncio diz tudo que tu não quer ouvir, e nem adianta tapar os ouvidos...esse é o problema do silêncio, ele sempre te invade, de alguma forma ele sussurra dentro de ti aquilo que tu recusas aceitar, por quê?...quem sabe?? só escuta, mesmo sem querer aquilo que a muito tempo vem negando dentro e fora de ti. Recusar, dizer não, fazer barulho...nada impede com que ele te roube o sossego e no lugar deixe mais uma interrogação, dessa vez a ideia é que tu reflita mesmo, pese tudo que se passou...resultado? TUDO PODIA TER SIDO DIFERENTE.
Culpar alguém? não! Não há culpados nessa história e tu sabe disso, sabes também que remoer o passado nunca fez ninguém enxergar o futuro sobre uma perspectiva coerente, isso claro, se tu não for viver de história. Então o melhor mesmo é ouvir o silêncio, um sábio sempre sabe o que diz, mesmo que algumas verdades sejam sopradas dentro de ti mesmo.

sábado, 13 de agosto de 2011

Só por pensar...


É... O que se pode fazer quando a cabeça não se opões mais ao coração? Pagar pra ver? porque no fim tu sempre faz o que é mais seguro, sufoca o sentimento e espera que dessa vez não machuque muito, pra que a cicatriz não deforme tanto o coração. No fim das contas, o que te sobra além da solidão?

Ao som de velhas canções...


É engraçado quando se escuta alguém dizendo que queria trocar de lugar com você , principalmente, quando tu olha pro lado e ver que o quarto ainda estar bagunçado, e os livros ainda estão abertos em cima da cama. Enquanto tu poderia tá dando rumo a vida, tá ainda assim, com o velho pijama azul e as meias coloridas pra escapar do frio.
Ruídos no quarto, só mesmo o mídia play do computador, que insisti em repetir a velha canção, e assim tu pensa em tudo, ou nada, quem é pode saber? Se nem ao menos tu sabes onde queria estar, ao menos não mais. Piano bar é tudo que te resta pra fazer companhia, o que mais poderia querer? Ouvir essa música me faz lembrar as verdadeiras razões para eu estar aqui hoje, ainda acredito que são válidas, sensatas, afinal, são razões, e é o que me basta.
Taí,  eu deveria parar de me bastar tão facilmente, deveria bater pé, birra mesmo, fazer o que realmente quero ao menos uma vez, algumas coisas, aceito fácil demais, sempre pra agradar os outros, mesmo que eu não esteja satisfeita com nada. Escrever essas linhas me fizeram pensar ainda, em como solitária estou, não digo de gente, pessoas comigo, mas sim de emoção, de motivação, essa é a palavra...motivação, apenas um impulso pra levantar da cama e encarar a vida lá fora.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O tempo


O tempo, hoje parecia estar correndo, e eu, parada, me vi presa em pensamentos absurdos, forcei-me a manter a seriedade, mesmo quando  meu sorriso travesso insistia em ficar a vista, e pensei mais uma vez no tempo...Será mesmo que o passado foi a tanto tempo assim ou que o futuro está tão longe? Estou sempre presa no agora, na vã tentativa de que “o segundo seguinte” venha libertar, mas de repente ele também se transforma no agora.
Gostaria de aproveitar plenamente cada pedaço de vida, cada fração de tempo, no entanto, o vejo escapar de mim. Pediria a Deus apenas um pouco mais de tempo... Simplesmente para viver mais. Diria todas as letras que formam as tão simples palavras que não disse, daria os muitos abraços que contive, e terminaria as batalhas que recuei.
Apenas um pouco mais de vida... E saberia que ainda poderia dizer um “EU TE AMO” mesmo que meu tempo, ou o seu tempo acabace.

sábado, 6 de agosto de 2011

A menina


E ela cadê? Deve estar mais uma vez no quarto, onde passa a hora, os minutos e segundos a repousar. Pode ter saído, sei lá, ver o mundo que geralmente não ver... Pessoas que gostaria de conhecer, apenas viver... E ela? Gosta de sentir... O que? Apenas sente a brisa no rosto, que agita o cabelo, arrepia a pele.
Ela que  sabe o que quer, só não sabe o que... Que se diz corajosa, mas teme a você, e sabe por que né? Pobre menina teme amar, sem razão, sem penar, apenas se deixa guiar pelo medo, tão incerto. Um dia verás a pobre menina chorar, o que fará? Secar teu pranto? Ela o teme, já disse o porque ...O ama calada, não sabe dizer, talvez, medo de amar, de sofrer!
Então sua vez, o que dirás pra menina? Sei que a ama, e quer protege-la, ela saiu, pra onde? Não sei. Saiu, segui, partiu, talvez esperou, por tempo demais, se cansou  e se foi...por onde ela estará? Dependes de ti, buscar a menina, e dizer o que sente.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Espelho vazio


Quando, assim do nada você, não conseguir se reconhecer no espelho, ou não encontrar as palavras que possam te descrever hoje, procure pensar em nada, em nada mesmo, apenas olhe em frente, em direção ao grande vazio que tua janela possa estar mostrando. Aquele vazio pode ser reflexo do que tu trazes dentro de ti, e tudo que podes querer naquele momento, é que alguém te diga aquilo que tu não sabe que te possa dá as respostas que tu não tem.
Não é fácil reconhecer a si mesma no espelho da vida, no reflexo do tempo, ou na imagem do eu absoluto, já me vi de tantas formas, me fiz de tantos jeitos, caras, sorrisos, e poses, já estive por tantos lugares e não fui a lugar algum, postei meus medos e sonhos, na vã tentativa de ser ouvida, lida apenas ser parte de algo maior. Fui poeta, não de versos e rimas, mas de cada sentimento meu, e ainda assim no final de tudo, não vi sentido algum no espelho.
Sigo em frente, parando a cada dia em frente a mesma janela, do meu quarto mesmo, onde tantas vezes olhei a cidade estranha, e o que eu via? Apenas o mesmo vazio.